Se procurarmos
no dicionário a palavra luto, encontraremos a seguinte definição: “Sentimento
de tristeza profunda pela morte de alguém”. Porém o significado da morte não se
refere apenas a morte física, mas a qualquer perda, fechamento de ciclo, tudo
que vai embora e que, sabemos, não voltará mais.
O luto em si
acontece quando um elo é perdido, uma ligação é rompida, entre a pessoa e um “objeto”
(chamaremos aqui de objeto uma pessoa, um emprego, uma parte do corpo, qualquer
coisa que a pessoa tenha perdido e que tenha com ela uma relação de afeto ou
importância). No momento da perda acontece uma reação natural e que,
provavelmente, acontecerá em vários momentos de nossa existência. Algumas
perdas são reais, outras simbólicas (como é o caso da perda da infância, quando
se chega à adolescência, ou da barriga quando a criança nasce).
Falando em
perda simbólica, essa é a primeira grande perda que vivemos, quando saímos da
barriga de nossa mãe, onde é quente, confortável, não precisamos fazer esforço
para nada e nascemos para um mundo onde somos invadidos por tubos, furam nosso
pé, somos chacoalhados e ainda precisamos expressar nossas necessidades (por
isso choramos) e buscar nosso próprio alimento. Imagine a ansiedade que isso
não nos causou!
O luto por
si só não é uma doença, é necessário para a elaboração da perda. Se ele não acontece
entra em cena o mecanismo da repressão, que age como uma bexiga quando se
enche. Ao chegar ao limite de coisas reprimidas, o indivíduo explode (o que é
muito comum àquelas pessoas que geralmente são calmas, tranqüilas e que um dia
botam tudo para fora de forma desordenada e não são bem compreendidas), ou
implode (quando acontecem as doenças).
O luto
basicamente é representado por uma tristeza profunda, intensa sensação de
desmotivação e a clara sensação de que o objeto perdido não pode ser
substituído. Isso acontece porque, no estado de luto, o nosso ego, nosso eu,
nossa essência, se vê diante da difícil tarefa de entender o que está
acontecendo, e isso acaba por consumir uma grande energia, por isso o alto grau
de desmotivação.
Os sintomas
diante da perda precisam existir, mas dependem em intensidade das
características pessoais de cada um. A ausência traz uma grande tristeza, mas
se faz necessária a adaptação à nova realidade, que deverá ser reconstruída
após a perda. Quando esses sintomas ficam fortes demais e o indivíduo não
consegue fazer essa reconstrução, pode entrar em um estado depressivo e logo
depois em depressão.
OBS.:
AQUI NO BLOG TEMOS UM ARTIGO QUE DIFERENCIA TRISTEZA, ESTADO DEPRESSIVO E
DEPRESSÃO. Dá uma olhada lá!!!!!!
A elaboração
do luto é importante para que haja um desligamento da energia que está
vinculada ao objeto perdido e esse processo é lento e doloroso mesmo.
Muitas
perdas não se superam, apenas aprendemos a conviver com elas, porém já é um
caminho que nos leva novamente para a vida normal.
Temos várias
maneiras de ajudar a elaboração desse luto e a retomada da vida normal. Os
florais e fitoterápicos ajudam na normalização da energia e a psicoterapia (seja
ela tradicional, holística ou a própria Taroterapia) ajudam no processo de
elaboração.
Essa ajuda
se faz imprescindível para que o estado de tristeza não evolua negativamente.
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